O grande destaque da rodada deste final de semana do Carioca Bowl (Campeonato Carioca de Futebol Americano de Praia) é o primeiro confronto entre dois times da Ilha do Governador na história: Ilha Avalanche x Rio Islanders, na praia de Botafogo, no domingo às 15h.
Por anos, o Avalanche foi o único time insulano no Carioca Bowl. Fundado em 2005 por ex-jogadores do Botafogo Reptiles que moravam na Ilha, o time azul-e-branco estabeleceu base na Praia do Zumbi, ao lado do Jequiá Iate Clube. Entretanto, em 2009, com a saída de muitos jogadores, o Avalanche resolveu não disputar o campeonato, tirando a temporada para se reorganizar e pegar experiência em outros times.
Foi nesse mesmo ano que surgiu o Islanders (“insulanos” em inglês), que estabeleceu sede na Praia da Bica, no bairro Jardim Guanabara. A equipe foi fundada por alguns ex-jogadores do Avalanche, insatisfeitos com a direção que o time original estava tomando, e recrutou muitos jogadores jovens, entre 16 e 18 anos. O conjunto das cores laranja e azul optou por um modelo diferente de gestão, sem um treinador principal – uma comissão técnica discute e formula os planos de jogo em regime democrático.
Em 2010, o Avalanche retomou as atividades, e o Islanders se inscreveu pela primeira vez no Carioca. O jogo deste domingo marcará o primeiro encontro dos dois times em campo, e é visto de maneira diferente de cada lado. Enquanto os jogadores do Avalanche tratam a partida como uma final de campeonato, os atletas do Islanders negam que a partida seja especial.
“Não existe rivalidade. Talvez exista da parte deles. Da nossa parte, resolvemos simplesmente ignorá-los e focar somente em nós mesmos”, diz Vavo, um dos ex-Avalanche que hoje compõem o Islanders, que lamenta que o jogo não possa ser na Ilha do Governador, por falta de praias com as dimensões mínimas exigidas pela FeFARJ. “Se fosse na Ilha, seria especial”.
Iuri Assanti, do Avalanche, discorda do ex-companheiro: “O Islanders foi criado por alguns ex-Avalanche, então falar que não existe rivalidade seria mentira. Mas não sentimos raivas deles, até porque temos amigos lá.”
FeFARJ
