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Ilha do Governador

Morro do Dendê é tema de reportagem de revista americana sobre o tráfico no Rio

A poucos dias do anúncio da cidade sede das Olimpíadas de 2016, a revista “The New Yorker” publica uma reportagem de 12 páginas sobre a ação dos traficantes no Rio de Janeiro.

A matéria “Gangland: who controls the streets of Rio de Janeiro?”, ou, em tradução livre, “Terra das gangues: quem controla as ruas do Rio de Janeiro?”, traz diversas imagens realistas, incluindo uma do traficante Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho (31 anos), que controla o Morro do Dendê, Ilha do Governador. A foto ocupa quase duas páginas e retrata o traficante sentado tranquilamente em um sofá exibindo uma tatuagem com a inscrição “Jesus Cristo”.

A reportagem de Jon Lee Anderson é traçada a partir da história de Iara, “subdelegada” de 31 anos e mãe de três filhas, que pertence ao Terceiro Comando Puro e trabalha para Fernandinho. A Iara seria apontada como gerente do tráfico de drogas na Favela Parque Royal. A reportagem começa com o seguinte trecho:

“Iara é uma gerente da favela do Parque Real, no Rio de Janeiro, por um gangster chamado Fernandinho. Ela trata “relações com a comunidade” em nome de sua gangue, o Terceiro Comando Puro. O Parque Royal é composto por uma confusão de “tapa-up” de casas de zinco e tijolo sem pintura, dreadlocked emaranhados de fios elétricos furtados e paredes cobertas de grafitti e becos onde pequenos armazéns gerais e bares rudimentar disputaram espaço com igrejas evangélicas.”

A matéria também relata uma reportagem da jornalista Leslie Leitão, do Jornal O Dia, quem havia entrevistadoo traficante Fernandinho em sua casa, no Morro do Dendê, onde contou sobre sua amizade como o pastor evangélico Sidney Espino dos Santos. A contradição entre a fé religiosa de Fernandinho e de sua vida ter continuado como um traficante de drogas foi relatada. “Para você, onde está a linha divisória entre o certo eo errado?” Fernandinho sorriu e disse: “Quem decide?”

A revista aproveitou para fazer uma “auto-biografia” do traficante e do Terceiro Comando Puro: “Além de executar na Ilha do Governador o comércio de narcóticos, ele toma comissões de alguns negócios jurídicos, tais como serviços de transporte e operadoras de televisão por cabo. Em 2007, a polícia calcula que Fernandinho ganhou cerca de 300.000 dólares por mês com drogas, mas especulam que suas outras fontes de renda superam isso. Ele é um fugitivo, um dos mais procurados criminosos no Rio, e ainda vive abertamente no Morro do Dendê. Houveram várias tentativas dos policiais de capturá-lo ou matá-lo. O Terceiro Comando Puro começou como uma facção dissidente do Comando Vermelho, as máfias mais antigas e mais poderosas do narcotráfico do Rio de Janeiro.”

Em outro trecho da reportagem, que também cita a crueldade de Gil, braço-direito de Fernandinho, o repórte define: Em um padrão que se repete em todo o Rio, moradores da Ilha têm de viver sob a autoridade de um gângster e seu exército privado”.

 A reportagem durou cerca de 4 meses para ser publicada. Como a publicação se deu na semana da escolha sede das Olimíadas de 2016, é vista por muitos como uma forma de abalar a candidatura do Rio de Janeiro, que vem sendo muito elogiada. Lauro Jardim, colunista do “Portal Veja.com” pergunta se é uma “Guerrilha americana?”, e finaliza: “Beleza, pode não ser proposital, mas é no mínimo uma lamentável coincidência que a publicação na influente revista americana se dê justo na semana em que o COI escolherá a sede das olimpíadas de 2016.

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