O local, um templo evangélico, onde policiais da Drae (da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos) apreenderam nesta terça-feira (21) uma escopeta calibre 12, está cedido à ONG Associação Beneficente Educacional Nova Esperança (Abene). A entidade cuida de cerca de 300 crianças, entre 3 e 12 anos, que recebem apoio educacional. No momento da operação, não haviam atividades na instituição e com isso nenhuma criança estava presente.
Um pastor responsável pela igreja acompanhou os policiais até a delegacia, onde explicou que não tinha conhecimento do que estava escondido no prédio. Uma advogada e assistente social também esteve na Drae. Segundo a advogada, em entrevista ao jornal O Dia, ela não consiguia imaginar que podia haver arma na instituição. “Apesar disso, nosso trabalho com as crianças vai continuar. Nossa questão é o trabalho social”.
Na operação a polícia prendeu Diogo Santos Barros, conhecido como “Mancha”. Segundo os agentes, ele gerenciava a comunidade da Praia da Rosa. Na ação os, agentes também prenderam Ademir Anacleto da Silva, que de acordo com os policiais, ele era o braço direito de “Mancha”. Com Diogo, os agentes apreenderam entorpecentes, granada e munições. Com Ademir foram encontrados entorpecentes.
A favela da Praia da Rosa é uma extensão dos domínios de Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, e de Gilberto Coelho de Oliveira, o Gil, que vivem no Morro do Dendê e controlam o tráfico da região.
